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Volte a observar a formiga
Parece uma grande bobagem, mas veja como isso é importante para a sua vida !

Na infância, o mundo se revelava imenso e repleto de pequenos mistérios que capturavam nossa atenção. Longos minutos, talvez até horas, eram dedicados à observação de uma simples formiga, que incansavelmente seguia seu caminho pelo chão ou parede.
Naquele instante, o tempo se desacelerava. Cada passo daquele minúsculo ser era um evento significativo, e sua jornada se transformava em uma narrativa fascinante. Havia ali uma atenção plena, um estado de presença absoluta que raramente encontramos na vida adulta.
Até que surgia um adulto, com suas preocupações diárias, e nos dizia: "Vá fazer algo útil!". Mal sabia ele que estávamos fazendo uma das coisas mais maravilhosa da vida, que é vivenciar o momento, observar a vida em sua plenitude, sem julgamentos ou ansiedades.
Com o tempo, nos habituamos a ignorar o encanto das pequenas coisas e passamos a viver com pressa. A rotina, as responsabilidades, a enxurrada de estímulos digitais e a necessidade de "ser produtivo" dominaram nossa mente. O que antes era um exercício natural de curiosidade e contemplação se tornou algo "sem importância".
O olhar da criança, livre de urgências e pressões, permite que ela se detenha no microcosmo da vida, enquanto o adulto é capturado pela lógica da utilidade e da eficiência. Essa mudança nos alerta para o distanciamento entre o simples viver e a capacidade de contemplar a vida em sua essência. Corremos o risco de "esquecer o ser", de deixar de perceber a beleza das coisas porque estamos excessivamente envolvidos com as demandas do cotidiano.
Mas a boa notícia é que podemos recuperar essa habilidade! Observar uma formiga novamente é um ato de resistência contra a vida moderna automatizada. É um convite para reaprender a desacelerar, a olhar com curiosidade e a nos permitir ser capturados pela magia do instante.
Observe uma formiga. Veja como ela se move, como interage com o ambiente, como carrega peso, como nunca desiste. Talvez você encontre ali um reflexo da própria existência, um pequeno lembrete de que, mesmo nas menores coisas, reside a grandeza e o sentido da vida.
Volte a observar as formigas!